17 setembro, 2009

reencontro

Mexo nas gavetas do passado
e na poeira da memória me revi:
pequena, miúda criatura saltitante
daquelas noites embaladas só por ti.
Aquele seu sotaque irreverente
ainda hoje, anos depois,
pude ouvir.

Ao esperar, sem mínima esperança
de revê-lo nesta vida novamente,
o mundo presenteia num instante
um reencontro mais que irreverente.

Fizeste parte de minha história,
minha infância,
digo até que tu és parte do que sou agora,
e me emociono, neste minuto, nesta hora,
por não estares somente em minha memória!
E preencho todos os vazios desta existência
quando de alegria e de carinho
meu coração chora.

Para Severino, figura especial que carrego sempre comigo.

Um comentário:

Camilla Tebet disse...

de todos os amores que vivemos nos compomos hoje. Mas há que ser sensível para notar isso. É lindo termos amores e histórias passadas para nos lembrarmos hoje dos porquês de ser assim, como somos.