13 fevereiro, 2008

Algumas palavras

Não sei nem por onde começar. Meu coração se aperta a cada vez que lembro e penso na tragédia que tirou a vida de minha amiga Liliane Assunção, a Lily, e de mais outras meninas jovens e cheias de vida. Mas juro que não quero mais pensar na tragédia. Quero pensar em todos os momentos bons que passei com ela. Nesses dois últimos dias olhei novamente todas as nossas fotos, da época da faculdade, da festa surpresa que a turma aprontou pra mim em meu aniversário, e lá estava ela, participando de toda organização. Dos churrascos que fizemos com a turma, as gargalhadas nos intervalos das aulas, os estresses dos trabalhos, as festas à fantasia, as viagens para Santos, IlhaBela, o reveillón na casa do Tiago também com a turma, a nossa formatura, as visitas que ela me fez quando minha filha nasceu. Uma vez, quando eu trabalhava no programa Bem Brasil, fechamos um show com a Cássia Eller, dia 04/12/2001 (Cássia veio a falecer semanas depois). Lily era fã incondicional de Cássia. Depois do show, quando eu a levei para o camarim para conhecê-la pessoalmente, ela até chorou. Me agradeceu durante tempos por causa disso.
Revi alguns vídeos, as nossas bagunças na represa do Guarapiranga, o TCC que fizemos juntas. Reli nossos roteiros de rádio, dentre outras coisas.

São histórias, registros, memórias, que carregarei para sempre, assim como o sorriso largo e vistoso da Lily, que sabia viver intensamente, que sabia ser feliz, e que no fundo eu bem sei, que ela se foi, e se foi feliz.