21 agosto, 2011

remoto

Do lugar remoto
o caminhante descobre a hospedaria.
A flor sobre a mesa.
A conexão entre os fenômenos.
A medida de uma grandeza solitária,
imberbe, ingênua e infeliz.
A janela aberta entre duas notas,
sinal-ruído no percurso do sonho.
O sol do sono vem iluminar a vida injusta
do caminhante que, sozinho,
na busca de sua impermanência neste mundo,
conquista o início daquilo que apenas acontece no fim.

A flor sobre a mesa permanece, intacta,
aguardando mesmo destino.