24 setembro, 2009

prolixamente humana

Dei-me às verbosidades, o silêncio superado por superabundâncias, nada de discurso lacônico e conciso, vou-me às palavras, ando às favas excessivamente circunstanciada, não tenho freios pra dizer o que digo e falo até sem frases, não existem sílabas suficientes às minhas significações, são minhas várias vozes gritando por meus olhos, bocas nos meus poros, cordas vocais até orelhas, vocabulário, léxico, elucidário, urro libertário! Incisivas, confusas, imaginativas, inventadas, sofridas, embargadas, orgasmáticas palavras, as minhas, aquelas e estas que posso dizer sem nem dizer, sem bem dizer, pessoa desmedida, prolixamente humana pelo que me sobra, pelo que me basta ser, pelo que nada mais me resta fazer.

Um comentário:

Camilla Tebet disse...

QUe delícia que deu-se às verbosidades. Estás melhor do que nunca.
Às vezes vazamos pelas beiradas não é? É tão bom.....
Aproveite que eu aproveito lendo.