16 junho, 2009

insensata

Perdoem-me a minha insensatez. Ando pra frente procurando o horizonte que se encontra atrás de mim, volto-me a mim mesma procurando as direções que tracei à lápis, um sol na diagonal brilhando me faz cerrar os olhos, e cega de sentidos apalpo obstáculos que me rondam, pulo um, tropeço em outro, errando e acertando sempre, posso cair e levantar numa única fração de segundo, e quando a luz da lua me colore com aroma de patchuli, eu danço o fim e início de meus tempos, brinco de ciranda agarrando fortemente os que me apertam e se distanciam aos poucos, imutável e espontânea perco a faculdade de julgar, exalo por meus poros um espírito cuja forma reflexa é razão e emoção, é tudo e nada... a minha insensatez é a minha criança que brinca de bilboquê à espera de que a bola flutue para o céu e desça feito um meteoro que me atinja a fronte, abrindo minha mente para o mundo e espalhando pedaços de mim pelos lugares por onde ainda não passei.

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