17 março, 2009

exercício primeiro

Acordar de manhã e não precisar abrir o armário, num pulo da cama pra dentro de uma calça, blusa ou vestido, sem precisar escolhê-lo no dia anterior e em nenhum outro momento qualquer. Fazer tranças no cabelo curtíssimo e lançá-las pela janela. Ao lance de um pensamento elas se alongam até o chão. Lá debaixo não há princípe, nem sapo, talvez um doido, um palhaço. Quando ele subir pelas minhas tranças eu já não terei cabelos, apenas asas. E o deixo ali mesmo, a me olhar voando mundo afora, feito libélula afoita por uma pétala de flor.

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