Mexo nas gavetas do passado
e na poeira da memória me revi:
pequena, miúda criatura saltitante
daquelas noites embaladas só por ti.
Aquele seu sotaque irreverente
ainda hoje, anos depois,
pude ouvir.
Ao esperar, sem mínima esperança
de revê-lo nesta vida novamente,
o mundo presenteia num instante
um reencontro mais que irreverente.
Fizeste parte de minha história,
minha infância,
digo até que tu és parte do que sou agora,
e me emociono, neste minuto, nesta hora,
por não estares somente em minha memória!
E preencho todos os vazios desta existência
quando de alegria e de carinho
meu coração chora.
Para Severino, figura especial que carrego sempre comigo.
Um comentário:
de todos os amores que vivemos nos compomos hoje. Mas há que ser sensível para notar isso. É lindo termos amores e histórias passadas para nos lembrarmos hoje dos porquês de ser assim, como somos.
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