Quando a vida atrofia, o titeriteiro chora. Procura desesperado por seus dedos maleáveis, seus olhos ágeis fitam os que conduziam movimentos e emoções. O tempo escorre pelos fios, páram as articulações como se, assim, parassem seu próprio coração. Seus filhos, outrora desencadeadores de tristezas, alegrias, sofrem esquecidos num depósito. Quando a vida atrofia, o titeriteiro chora o que não mais existe: o mundo em suas mãos.
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