Equilibrista
nas pontas dos pés
revolve a linha da vida
que bambeia e bambeia
e o coração da aramista
aos pulos, no susto bombeia
mas ela é equilibrista
e não titubeia
faz juz ao sangue
que percorre tuas veias
Equilibrista
a dor no peito
pede um movimento arriscado
sofrendo, pende-se para um lado
amando, pende-se para outro
é sua alma em equilíbrio
num corpo cansado
mas ela é equilibrista
e não caminha errado
Equilibrista
segue na corda bamba
de braços abertos
celebrando o existir
a vicissutude, a instabilidade
seus portos do devir
Em antagônicas tendências,
ela não se abate
pois é equilibrista
entre a dureza e a alegria,
sorri, mesmo sem platéia,
celebrando sua essência de artista.
Um comentário:
De equilibrista, quand vejo que vou cair, deito.
Lindo texto.
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