30 março, 2009

realidade

Cinzenta, suja, poeirenta, barulhenta, o entorno urbano desta realidade às vezes me atormenta. Sobre as várias rodas pela via vou buscando outras formas, volumes e cores desta realidade, realidade minha, vista somente por estes grandes olhos que a podem perceber. Sigo pela via esperançada de que há em próximos quilômetros de estrada outro universo a ser explorado, outras gentes, outro ar. Busquei nas lonas o meu refúgio, encontrei pessoas que gostaria de ter encontrado noutras realidades que vivi, se me fosse possível criar diferente relação de tempo-espaço, anteriormente, já deveria estar ali. De fato, o tanto que vi, quanta gente interessante conheci, é outra realidade ainda que minha sempre, onde eu vá e para onde a carregue.
São meus olhos, cores, volumes, formas, o mel de meus olhos. Mil corações num único. Alma leve. E o lamento de tudo parecer sempre tão breve.

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