no cinza desta cidade nasci
cresci em meio ao concreto
chorei vendo paisagens nada belas
janelas da minha janela
a urbe me consumiu
e eu me consumi nela
no centro de São Paulo conheci
todo tipo de mazela
as gentes jogadas pelas esquinas
junto ao cocô dos cachorros das donzelas
a urbe me consumiu
e eu me consumi nela
agora aos vinte e oito sei
exatamente pra onde levar minhas panelas
pra longe, lá onde tem folhas verdes,
pássaros azuis e flores amarelas.
a urbe me consumiu
e logo eu sumo dela.
2 comentários:
Calu, mon amour, rãm'simbóra, nêga...
Que bom sumir da urbe. Cuide-se para não leva-la dentro de vc. Fatal.
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