15 março, 2007

de passagem

Até certo tempo atrás eu tinha medo da morte, achava que morrer deveria ser uma sensação horrível. Depois de tanto apanhar na vida, eu perdi esse medo. O descanso eterno deve ser como uma libertação. Algo como aquele sono profundo que a gente tem depois de um dia exaustivo.
Sei lá porque é que estou dizendo isso. Talvez porque eu sinta que, quase sempre, morre um pedacinho de mim para um outro poder nascer. Uma célula, uma idéia, um pensamento.
A vida é morte-vida, mas a morte - ah, a morte! - é só morte mesmo.

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