Um manuscrito em papiro encontrado dia destes nas areias quentes do deserto do Atacama, viajou das terras longínquas por km durante milênios carregado por um tatu, que não era bola, cortando a terra por baixo. Os escritos foram traduzidos do copta em braile ao português, que não era o da padaria.
Os arqueólogos afirmam que os manuscritos traduzidos sofreram graves alterações quando passearam pela região do sul da Itália. A princípio as escrituras traziam um breve histórico sobre a figura também histórica chamada de Calor, com o nome alterado para Calu e acrescentado o sobrenome de Baroncelli, brasão dos guerreiros fundadores do Podio Maggiore que aterrorizaram por séculos a traumatizada cidade de Firenze, ou melhor, Florença na língua do Joaquim.
Calor, ou Calu, era uma pobre híbrida coruja-papagaio-humano, espécie em extinção cujo nome de origem era olhus linguos bundus, no latim, e muito estudada por pesquisadores de religiões antropozóoficas.
Estes manuscritos foram escritos (rimô) pelo poeta-herói Leminskis Paulus, numa breve descrição da espécie:
Uma frase-superfície
onde vida-frase alguma
não seja mais possível.
Frase, não, Nenhuma.
Uma lira nula,
reduzida ao puro mínimo,
um piscar do espírito,
a única coisa única.
Mas falo. E, ao falar, provoco
nuvens de equívocos
(ou enxame de monólogos?)
Sim, inverno, estamos vivos.
onde vida-frase alguma
não seja mais possível.
Frase, não, Nenhuma.
Uma lira nula,
reduzida ao puro mínimo,
um piscar do espírito,
a única coisa única.
Mas falo. E, ao falar, provoco
nuvens de equívocos
(ou enxame de monólogos?)
Sim, inverno, estamos vivos.
A espécie foi extinta antes da era de Noé e, se tivesse sobrevivido, hoje seria alvo de pesquisas científicas importantes sobre as causas da surdez irreversível.
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